maio 08, 2009

Yes we have Obama!

Barack Obama's triumph was clapped a lot for many peoples in Brazil of differents social classes, professions, beliefs and parties. His victory represents a new age in afro and afro-descendant history. Now It's possible to say that any children, youth, man and woman can assure that theirs perspectives can be different. More than five centuries of racism, intolerance, discrimination-not only of black people its useful to say - is now step by step rubbed of minds, social structures, policys, cultural products.

Any boy or girl in some of the poorest countries in Africa ou even in North America ou Brazil for example can look at Obama's figure in Tv set, or in photos and think "Yes, I can". Now nobody that cultivate racists taughts can argue against this fact: Obama, afro-descendant american, child of an intercultural union, highly educated, is the first black president of a country that has a shameful historic of racism and segregation.


Obama has a special conecction with Brazil - with brazilian culture, specifically. In his biography Dreams from my father, Obama tells that his mother(Ann Dunhann) take contact with Brazil and afro-descendant culture wathcing "Black Orpheus" a movie based on the heteronimous Vinicius de Moraes' play. Vinicius de Moraes was a poet, diplomat, bossa-nova song composer that criated well-known sambas like Girl from Ipanema (Garota de Ipanema in partnership with Tom Jobin) and Afternoon in Itapoan (Tarde em Itapoâ). According with Obama's biography,after comtemplate the movie , his mother went to university in Havai and begin a relationship with a economy strudent named Barack Obama who was Obama's father and from this relatioship culminated in new-american president's birth. In his youth, Obama watched with his mother during her visit the film "Black Orpheus", which he confessed boring. While the exhibition when he looked at his mother's face he could contemplate her marvelled expression. After that date, his could understand her complicity with black culture, that trespassed conventions, prejudices and tabus.


picture: http://www.ericalmendral.com/

4 comentários:

Anônimo disse...

Ola!

Descobri o seu blog quando li o seu commantario num outro. Gosto muito deste blog, mas nao concordo exactamente com todo o que escreveu. Quando o Obama escreveu sobre a sua mae e Orfeu Negro, ele diz que este film monstrou pra ele que a sua mae imaginia que todos os negros no mundo sempre dancamos, cantamos, sempre estamos contente, etc. E, mais ou menos, um tipo de lusotropicalismo americano, se possa dizer isso: uma idea da cultura bem racista sem um encontro com a realidade politica. Pra mim, isso me monstra que o Obama nao e (como dissemons nos E.U.) um "mulatto tragico."

Obrigada!

Marcos Vinicius Gomes disse...

Olá M !


Obrigado pelo comentário deixado.Você parece ter tido contado com a cultura brasileira por escreve em português.
Sei do que você diz. Sou negro e ser negro no Brasil não é uma coisa fácil como se supõe aqui e em outras partes do mundo. O Brasil é racista, mas de um racismo velado, subliminar. Se fizer uma pesquisa e perguntar para diferentes pessoas se elas conhecem algum racista, elas dirão que sim, mas se continuar a entrevista e perguntar para essas pessoas se elas se consideram racistas, elas dirão que não. Como diria Sartre o inferno são os outros, esse mesmo Sartre que veio aqui nos anos 1960 e perguntou ao ver o auditório da universidade com alunos e professores "onde estão os negros?"
Ultimamente há um debate sobre a matricula especial (quotas)para alunos negros e evidentemente os racistas enrustidos se levantaram, dizendo que só os melhores podem entrar, etc, que se o aluno é bom ele consegue se matricular de qualquer jeito, etc. Mas no Brasil, como voce deve saber, a elite branca estuda em escolas particulares e na universidade estuda nas universidades publicas como USP, (Universidade de São PAulo a maior e mais respeitada da América Latina). É um argumento elitista branco que eles usam, inclusive com apoio de intelectuais reacionários como Demétrio Magnóli, um professor da USP, que diz que a escravatura no Brasil foi "democrática", pois um escravo poderia comprar sua liberdade se tivesse dinheiro para isso. MAs se era escravo não pago, como poderia juntar dinheiro para comprar a liberdade? Esse é o mesmo argumento que os elitistas usam para barrar o projeto das quotas para negros.
Quanto A Obama, o vi como ícone, que apesar de sua trajetória não ter sido trágica como voce mencionou, teve momentos de fraqueza sobre sua existência.Concordo com você, sua mãe tinha uma visão muito "fantasiosa"em relação ao negro, pois quando Obama se queixava que sofria racismo no colégio, ela dizia "mas o negro mais bonito é o ator tal..."(não lembro o nome do ator, mas era um ator negro que cantava em filmes que atuava e bonito). A visão da mãe de Obama é a de muitos brasileiros que veem o negro como uma fonte apenas de jovialidade, sorrisos fáceis, submissão, sexualidade aflorada e disponível para satisfazer taras de brancos com mente limitada. Se o negro está em serviços rudes ele é bom, trabalhador, se atinge um patamar disputando vagas mais qualificadas com o branco , ele é "esnobe, metido". Senti isso na pele, quando me formei professor de português e inglÊs, pois sempre fui elogiado quando tinha trabalhos mais baixos, mas quando me graduei e comecei a disputar vagas com brancos mais qualificados, comecei a sentir surgir contra mim o racismo velado...Há um longo caminho a seguir para acabar com isso. Agradeço sua atenção e não hesite em escrever, pode ser em inglÊs mesmo, pois esse ]blog criei para divulgar um país desconhecido e muitas vezes estereotipado lá fora.


Um grande abraço

Marcos Vinicius
14/06/2009

Anônimo disse...

Prezado Sr. Marcus,

Tenho que pedir desculpe se o meu portugues escrito e mal...Quando fale, penso que e melhor, mas na verdade, as vezes que sei que pareco uma quasi-analfabeta...Que triste.

Eu sou uma historiadora, e trabalho na Africa e na Diaspora Africana. Quer dizer, todo mundo onde ficamos e uma parte do meu trabalho. Mas, agora, estou a fazer o meu theses dotourado, e a minha pesquisa e sobre uma identidade e a historia da resistencia e dos quilombos em Angola e no Brasil.

Tambem, voce tem que saber que tenho raices negros nos E.U. e no Puerto Rico tambem. Pra mim, somos familia -- nao significa nada se falemos ingles, frances, espanhol, ou portugues. Eu tambem nao accredito os lusotropicalistas (que existem, infelizmente, pra toda america latina) que a experiencia de escravature de nossos antepassados no Brasil, no Puerto Rico, etc., foi menos duro porque havia as opportunidades pra comprar liberdade, etc. Eles tambem sempre gostam de dizer que a existencia dos "mulattoes" significa que o racismo foi um tipo differente. Mentiras! Nao accredito que a violacao das minhas antepassados nas maos dos brancos significa isso, obviamente. Todos os pensamentos de Gilberto Freyre e seus descendentes ideologicos tem que morrer, para o povo sobreviver...

Na minha ponto de vista.

Sobre o Obama, na primeira, voce esta a pensar do ator Paul Robeson (que tambem foi um communista :)). Mas, mais importante, eu tenho uma problema grande com os brancos nos E.U. e no qualquer lugar que queremos dizer que a existencia dele significa que o racismo ainda nao existe, que estamos numa democracia racial (obrigada, Gilberto Freyre), etc. E por isso que eu queria dizer que ele sabe que a sua mae tinha uma "amor" bem problematica pra os negros...

E, bom, voce sabe que e a mesma coisa aqui que la. As brancas (sobretudo elas) pensam que os nossos homens sao bem poderosos sexualmente (a palavra aqui pra significar isso e "Mandingo"...e muito interessante, quando pensemos sobre a significacao no Brasil...), mas com certeza nao tem nada poder politica. Eu *sempre* escrevo sobre isso no meu blog! Por exemplo, aqui: http://searchingforblacklove.blogspot.com/2009/04/racialized-body-geography.html. Quero bem que voce deixar os seus commantarios, se quiser.

E, no final, nao precisa deixar a mesma reposta aqui e no meu blog.

Ate proximo,
M.

Marcos Vinicius Gomes disse...

M

Obrigado pela resposta e não precisa se preocupar, seu texto é compreensível e agrega valor. Enquanto isso estamos aqui questionando Freires e outros tipos que cobrem de falsas cores nosso problema social e racial como Demétrio Magnoli. E obrigado por lembrar do nome do ator - Robenson!
Até a próxima.